G-Dragon: estilo, atitude e revolução na moda
Do palco ao streetwear, a ascensão de um ícone
Com estilo ousado e visão artística, ele redefiniu os limites entre música e moda.
Confesso que me familiarizei com G-Dragon há apenas alguns anos e foi puro acaso.
Ao ouvir o álbum Down to Earth, do Taeyang, fiquei fascinada por sua voz. Queria saber mais sobre sua carreira, e foi então que me deparei com o BigBang.
Ali encontrei tudo o que eu buscava em termos de expressão: o som, as roupas, os cabelos, a diversidade de personalidades e a união que os tornava únicos.
E então, alguém me arrebatou. Era ele, Kwon Ji-Yong, o G-Dragon.
Eu já consumia K-pop há alguns anos, embora nunca tenha sido uma telespectadora assídua de doramas ou outros conteúdos do gênero.
Ouvia as músicas, conhecia muitos artistas, especialmente os da segunda geração.
Mas havia algo diferente, algo único naquela figura.
A mistura de gêneros, a ousadia, a ausência de medo ao se arriscar.
Isso é estilo, na sua forma mais pura.
Desde então, mergulhei em sua trajetória. Descobri um artista que não se limita ao palco, ele o reinventa.
G-Dragon não apenas canta, ele performa, provoca, transforma.
Sua estética é uma extensão de sua arte: camaleônica, ousada, muitas vezes incompreendida, mas sempre autêntica.
Em um universo onde padrões são impostos, ele escolhe quebrá-los.
E é justamente aí que reside sua força: na liberdade de ser múltiplo, de não caber em rótulos.
Com saias, colares de pérolas e jaquetas de tweed da Chanel, ele desafia as normas de gênero com naturalidade, redefinindo o que significa ser masculino na moda.
Sua estética é uma fusão entre o luxo e o urbano: peças da Dior e Givenchy convivem com streetwear de marcas como Off-White e Hood by Air, criando um visual híbrido que virou referência.
Em 2016, ele se tornou o primeiro embaixador asiático global da Chanel, num momento em que a marca sequer tinha uma linha masculina.
Não apenas representou, ele reinventou.
E no mesmo ano, lançou sua própria marca, PEACEMINUSONE, ao lado da estilista Gee Eun.
Com bonés de tiras longas e alfinetes ousados, a marca virou febre e consolidou seu talento como designer.
Mas G-Dragon não se contenta com o que já existe.
Ele pinta, rasga, costura, reinventa.
Tênis, bolsas da Chanel, peças de grife, tudo pode virar tela para sua expressão artística.
Seus acessórios são quase personagens: chapéus extravagantes, óculos gigantes, joias pesadas e lenços usados com bonés, num estilo apelidado de “grandma-core” que rapidamente virou tendência.
Seu visual é mutante.
A cada era musical, ele se transforma: cabelos coloridos, cortes ousados, looks punk, glam, minimalistas.
Essa constante reinvenção mantém a indústria em alerta e os fãs, em fascínio.
Na Coreia do Sul, ele foi um dos responsáveis por popularizar o streetwear de ponta, trazendo marcas como Rick Owens e Pyrex para o radar local.
E suas colaborações com gigantes como Nike, Gentle Monster e Jacob & Co. resultaram em coleções disputadas, como os Air Force 1 “Para-Noise”, que esgotaram em minutos.
Mesmo com toda essa visibilidade, G-Dragon não esquece suas raízes.
Apoia designers independentes, promove marcas de amigos, e ajuda a colocar nomes como Juun. J e Ambush Design no mapa global.
Mas sua influência vai além da moda.
Ele é um artista completo, compositor, produtor, criador de conceitos visuais.
Muitas das músicas do BigBang e de sua carreira solo levam sua assinatura, e seus videoclipes são extensões de sua visão artística.
Publicações como Forbes e Hypebeast já o reconheceram como uma força cultural global.
Ele não apenas segue tendências, ele as cria.
E talvez o mais fascinante seja o contraste entre o ícone e o homem por trás dele.
Explosivo no palco, mas reservado fora dele.
Carismático, mas introspectivo.
Humilde, apesar do sucesso estrondoso.
G-Dragon não é apenas tendência, ele é linguagem. E essa linguagem continua a nos vestir, inspirar e transformar.





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